Os convidados chegam aos poucos de propósito
demasiado impares, talvez
a gula seja escassa para assaltar a Suíça
e os sonhos de neve-à-chama transpirem das coisas do mundo, talvez
a avó nos vá servindo animais torrados ao domingo
e roamos as unhas antes de devorarmos os dedos, talvez
um pôr-do-sol ao deitar e outro ao levantar
três vezes ao dia, talvez
uma caixa doutra coisa também faça bem
antes do pequeno almoço e em lugar do jantar, talvez
engolir o frasco depois de o destilar
num chá preto aos ratos, talvez
só custe a princípio enquanto não se habituam os olhos
no meio livre do pensamento, talvez
se possa abandonar este repasto de vez
e nem seja indispensável morrer à mesa
talvez,
seja já tarde para taisvezes
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