terça-feira, 10 de julho de 2007

Caso de amor, jazz e contrabando de dor

Eu, a pão e água no jardim moroso
Ela, a raiar o enfado satiricamente
Eu, preguiçoso, rosáceo
D‘elegias dementes
Ela, abundante transtorno
A fugir-me à visão
Eu, vislumbre insofismável...

Sob a secretária onde incha um processo a preto e branco
E se Respiram cigarros clássicos, o caso deles
Envolve uma loura sintomática
E vários chapéus de abas largas
É um caso de melancolia passional e enredo pétreo
Um caso de amor...

Saiu de casa cedo
Com um punhal arabesco,
Fumou o canavial com aquelas coisas e tudo.
Havia já cerca de três horas não caía em tentação
Mais ou menos como no filme
enforcou-se no vestido de noite
Segundo cálculos e jornais da especialidade.
Alguém a ameaçou a estrídulos de rua desesperada
A carótida fora cortada após a queda.
Mas ninguém se mata à toa
Foi ao que parece um caso de amor, jazz e contrabando de dor
Escreve-o depressa.

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